[Michiel Sweerts - Rapaz de turbante]
Sempre a remoer o medo sempre a remoer o medo. As tripas a gritar. E os degraus a cair esmagados debaixo do fedor do meu medo. E quando tu me apareceres de pé no cimo das escadas em pijama e isqueiro na mão e o teu riso flamengo a pingar do plástico do maço de tabaco. Não tenhas medo. Fecha os olhos. E quando os abri o plástico não estava lá. Só os teus lábios e os teus olhos de aço. Lembras-te. Lembras-te de como puxei a cara para o lado e tu beijaste o ar. E hoje quando me abrirem a porta e disserem sobe, está lá em cima. Não vou ter medo nem vou abrir os olhos.