as manhãs que me moem e me matam aos bocadinhos e se me entornam bêbedas de tédio nas costas e me molham me encharcam numa baba pastosa da cinza dos meus dias mortos e eu abomino
27.2.09
يا حبيبي يا حياتي
يا حبيبي يا حياتي
يا حبيبي يا حياتي
يا حبيبي يا حياتي
Meu amor minha vida meu amor minha vida. É um refrão. Umm Kulthum.
8.2.09
Deserto
Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua
Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.
Sophia de Mello Breyner Andresen
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Sophia de Mello Breyner Andresen,
Verba aliena
1.2.09
Sete
[James McNeill Whistler - Nocturne in Grey and Silver]
Sete dias. Não espero mais. Vazado em cadeira de plástico podre. E as mãos pingadas na mesa e as vozes delas piando esquecidas de ti e da terra que agora te esmaga as tripas rotas. Podia arrancar os olhos da mesa e dizer-lhes o grito que me revolve os miolos. Em vez disso. Em vez disso escarrei um sorriso míope e disse um vamos embora baixinho e cobarde como eu. Não espero mais.
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