14.9.09

Deserto

Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

Sophia de Mello Breyner Andresen

2 comentários:

Anónimo disse...

podesse esta noite durar
não uma
mas duas noites inteiras

safo (tradução de eugénio de andrade)

Anónimo disse...

Na chuva moram os lamentos

02072011
Olho a chuva
A água embaça meus olhos
Já marejados pelas lágrimas
de ver você passar ao longe,
e tão próximo...
que quase te toquei a face
com meus dedos de paixão!

Senti o teu perfume
Sublime
Senti o calor de tua pele
Incandescente
Senti o teu bater acelerado
Numa ansiedade doidivana
Em meu próprio coração!

O horizonte me sufoca
O presente me maltrata
O ontem me trouxe lágrimas
De nossos momentos em corpos
Nus ao relento
Sob as estrelas em alentos
E a canção do mundo
Tocada pelos gemidos seus...

E agora só é só... O meu lamento
No centro desta tempestade
Que mistura minha saudade
Com o teu cheiro que passou
E estas gotas descem pelo rosto
Marcando a alma deste...
Que já te pertenceu!
Que já te mereceu...

E é na chuva que moram os lamentos
Onde acontecem todos os tormentos
Saudade, tristeza e adeus...