28.3.13

a lonjura do nosso afastamento



Não te vás embora tão depressa. Ainda não te disse o que queria e não sei se um dia to direi. Por isso fica mais um bocadinho. Vês este livro que me deu o. Não interessa. Toma, lê. A dedicatória. Nunca ninguém me escreveu coisas tão bonitas. Não costumo mostrar a ninguém. Nem a ti. A ele todos o lêem. A mim ninguém. O que eu te diria e te escreveria se não fosse este terror que me esventra os dias. Por isso não te vás embora tão depressa. Pode ser que de repente se me desenrolem as palavras. Ou não te diga nada. E te pegue na mão e ta aperte na minha. E te diga por fim que.

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