E depois o táxi a cambalear rua acima. A porta tombada à espera de que eu mergulhe lá dentro. O cheiro da cerveja a escorrer dos teus lábios. E depois as luzes mortas da rua afagam a janela e a música abafada a lembrar-nos que a noite vai funda funda porque de dia não a rádio não toca assim. Já está. Saio eu primeiro. Acabou. Trocar um olhar dormente. Não há beijo nem aperto de mão. Segues para casa. Sim. Até amanhã. E amanhã vou trepar outra vez até à rua da rosa e conter o sismo que me arrasa a razão quando chegas e me olhas com os teus lábios finos cerrados a trancar o sorriso.
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