2.12.08

Cuspir

[Alenza y Nieto - Retrato de um arquitecto]
Eis um homem perdido, aqui está um homem que se perde a si mesmo e não consegue deter-se a si próprio.
Dostoiévski, O duplo

Pôr a cabeça de fora. E cuspir os olhos para o chão. Que porcaria. Cuspir para o chão. E os olhos. Cuspir os olhos para o chão. Não se faz. Eu sei. E eu fiz. Depois fechei a janela. Despejei-me no sofá. Sem apagar a luz. Agora não vejo. E se não vejo.

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