أَمْ عِندَهُمُ ٱلْغَيْبُ فَهُمْ يَكْتُبُونَ
Alcorão.
Sura da Montanha.
Quarenta e um.
à memória do Rui
Alcorão.
Sura da Montanha.
Quarenta e um.
à memória do Rui
Devagarinho. Como se ainda.
_ estavas a dormir
_ estava
Tinhas a barba de quê. Dois. Três dias. Com esforço erguido. Sentado. A mão nas costas. Ou na barriga. E o terror nos teus olhos. Aquilo. Outra vez. E agora. Mas não. Não pode ser. Porque se afinal.
_ quando durmo não tenho dores sabes
_ sei
A dor que te arranca as entranhas. Aquilo.
E a cada dia eu subia as escadas e pensava é hoje que te digo. E depois secava-me a boca e o terror nos teus olhos. E deixava os meus caídos no chão.
_ quando durmo é como se morresse sabes
Um molho de ossos sobre a cama. E a pele. Devagarinho. Como uma concertina. Assim. Fininha. Para cima para baixo. E havia um silvo quase mudo.
A luz morta e eu mal te via. Depois morri-me escadas abaixo. E nunca mais te vi.
_ estavas a dormir
_ estava
Tinhas a barba de quê. Dois. Três dias. Com esforço erguido. Sentado. A mão nas costas. Ou na barriga. E o terror nos teus olhos. Aquilo. Outra vez. E agora. Mas não. Não pode ser. Porque se afinal.
_ quando durmo não tenho dores sabes
_ sei
A dor que te arranca as entranhas. Aquilo.
E a cada dia eu subia as escadas e pensava é hoje que te digo. E depois secava-me a boca e o terror nos teus olhos. E deixava os meus caídos no chão.
_ quando durmo é como se morresse sabes
Um molho de ossos sobre a cama. E a pele. Devagarinho. Como uma concertina. Assim. Fininha. Para cima para baixo. E havia um silvo quase mudo.
A luz morta e eu mal te via. Depois morri-me escadas abaixo. E nunca mais te vi.
1 comentário:
parabens pelo blog... de extremo bom gosto. abraço
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