Quando o peso da noite se me lança pesado sobre o pescoço. E a luz das estrelas me rasga os olhos de tanto gritar. Quando o luar me dilacera as costas geladas e me beija os lábios de sangue. E o frio me incha a cama e me molha os lençóis. Quando os sonhos me arrancam as tripas. E relógio tic tic me esmurra as orelhas. Fumegantes. E as trevas me arrastam sozinho até. Quando os móveis estalantes murmuram a minha morte. E o sangue me ferve na cara. E os dedos se esmagam uns contra os outros. E o estômago ardente me rebenta o ventre. E o dia já não nasce.
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