3.4.13

O cambaleio

O carro a pisar em cambaleios de hippopótamo os buracos da estrada e eu lá atrás despejado no banco com o estômago, não, com as tripas arregaçadas num nó que dura desde ontem ou anteontem ou. Já não sei. Há tanto tempo. E depois abriram a porta do carro e despejaram-me na feira popular. ficas bem. fico. fico. Porque tu já lá estavas e acenavas indolente e trancavas como sempre o sorriso atrás dos lábios. E depois a tarde a escorrer devagar e nunca mais acabava.

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