6.4.13

ressurreição

e quando a noite morria e o fedor das ondas do Tejo anunciava os primeiros brilhos da madrugada e eu me enterrava com mais força no banco de trás. os olhos a empurrar os ponteiros do relógio para a noite se finar mais depressa e chegar a hora do comboio que me haveria de levar sozinho para casa a chorar a minha tremenda decepção. foi quando tu deixaste cair cair sobre mim o teu hálito de cerveja morna e perante o olhar aflito do taxista cravado no retrovisor. lembras-te. eu nunca me hei-de esquecer.

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