Coisa esquisita. Levanta a cabeça ameaçadora. Não te quero fazer mal. Só quero saber se és mesmo o que pareces. Uma cobra. Pequenina. À beira-mar. Mesmo no limite da rebentação. Coisa estranha. Uma cobra na areia salgada. Muito pequenina. Será outra coisa? Toco-lhe com uma concha. É uma cobra. Não há dúvida agora. Coisa espantosa. Silva na minha direcção. Não. Já estou a inventar. Na verdade lança a cabeça, mas não silva. Deita a língua de fora. Não silva. Pego-lhe? Pode ser uma cobra de água inofensiva. Mas que faria ela aqui. Não há cursos de água doce aqui. Só mar. Não pode ser. Mas é. Esquisito.
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