E se não é nada. Se o que as mãos aflitas. Se as pudesse cortar. Se me pudesses cortar. Em postas grossas. Poucas. Para dar menos trabalho. Menos porcaria. Menos tripas menos sangue. E depois embrulhavas-me em sacos pretos. Não. Azuis. Sacos azuis. Porque pretos. Preto sempre fui eu. Os olhos e os terrores diurnos. Pretos. Que de noite não dói. Ou dói e eu não sei porque quando durmo não dói. E cada noite é um prólogo de terror. Preta. E há quem diga que nunca mais acaba. A noite. E eu digo que ela nunca mais chega. Porque o dia é tão. Tu sabes. Nunca mais acaba. Procissão de terrores. E depois tu chegas. Vens salvar-me. Tu vens sempre salvar-me. Mesmo agora. Depois de. Tu sabes. E eu estou sentado a olhar para ti e para as lesmas das palavras que te escorrem dos olhos e as mãos não me param. Não param nunca. À procura. Aflitas. E se não é nada. Vês. Estou doudo.
Sem comentários:
Enviar um comentário