Pátroclo e Aquiles
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Estive, no dia 8 de Junho, em Leiria, para a apresentação da "Ilíada" de Homero, traduzida pelo meu colega Frederico Lourenço. Do Frederico e do seu trabalho só posso dizer bem; sou portanto um mau crítico, e por isso mesmo me abstive de intervir na sessão. Não disse - mas digo-o agora - que achei demasiado modesta a sua alegação de que o êxito comercial se deve mais ao próprio texto do que às suas brilhantes traduções, e que qualquer tradução de Homero que saisse seria comentada, mediatizada, celebrada. Não é verdade. Uma tradução normal de Homero seria notícia quando fosse lançada, venderia algumas centenas de exemplares, e rapidamente cairia no esquecimento mediático. As traduções do Frederico não. As traduções do Frederico vendem que se fartam porque não são traduções "normais". O Frederico alia no seu trabalho duas características que não são fáceis de encontrar. O Frederico sabe grego como poucos, e como poucos domina a língua portuguesa. É que o Frederico não é só um dos mais brilhantes helenistas da actualidade. Ele é também um dos grandes escritores portugueses da nova geração. Leia-se qualquer um dos seus romances, e perceber-se-á grande parte do êxito da sua actividade de tradutor. Ao domínio da língua grega alia uma mestria literária invulgar.
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