[Dürer - O mestre-escola]
Cheirava a terra molhada. Doce da chuva recente. Talvez fizesse frio. A pele arrepiada do gelo matinal. Não me lembro bem. Havia aquele Sol fraco de Outono. Ou não. Só me lembro do cheiro da terra molhada. E da novidade. O gradeamento verde. Ou se calhar não. Não sei se era verde. Talvez fossem apenas os arbustos que o abraçavam. Verdes pontuados de bagas vermelhas. Sim sim. Havia molhos de bagas vermelhas. E aquele arrepio de entusiasmo. Ou de frio. Já falei do gelo matinal. Que não me lembro se. Porque aquilo de que me lembro é da terra molhada. Do cheiro. Do meu mundo novo. Como era. Não me lembro. Foi há demasiado tempo. E no entanto. Sempre aquele cheiro a terra molhada. E a frio. Sim. Estava frio. Muito frio. E era bom.
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