Porque eu trazia rios de frescura
E claros horizontes de pureza
Mas tudo se perdeu ante a secura
De combater em vão
E as arestas finas e vivas do meu reino
São o claro brilhar da solidão
Sophia de Mello Breyner Andresen
Recolher. As velas. Barco atracado. Preso na areia. Velas rasgadas de tempestades muitas. Vela rota espessa de remendo sobre remendo. Embalado pelo vento já não pelo mar. Range rouco rouco. Louco. Dançando lento no vazio. Seco. Beijado pela areia já não pela onda. Velas recolhidas. Acabou. A viagem.
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25 de Abril
AS MORTAS
Aquelas que morreram tinham, leve
Um halo em redor do seu sorriso
E tudo no seu ar era indeciso
Tocando de infinito o tempo breve.
Tudo quanto floresce delas vem,
Pois ficaram dispersas na paisagem.
Esquecidas de si não são ninguém,
Mas vagabundas são em cada imagem.
Sophia
Louca, a gravura de Bosh. Árida.
Longe longe de Turner. de Munch.
Castigo de Crime por nomear.
Endgame.Fin de Partie.
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