a A.
Um dia abordaste umas amigas minhas, com quem me passeava em Santa Cruz. Conheciam-te vagamente, nem nos apresentaram. Achei-te graça. Encontrámo-nos mais algumas vezes, na discoteca de Verão que ambos frequentávamos. Eu estava numa das minhas fases monacais, em que me entrego a um celibato convicto - mas sempre provisório. Tinha sofrido muito com a experiência anterior, e por culpa minha. Tu parecias diferente de tudo o que me tinha acontecido até então. Embarquei. No início acho que nenhum de nós dava muito por aquela relação. Depois pareceu-me que tu lhe davas mais importância do que eu. Como tantas outras vezes, acobardei-me. Na memória ficam-me os teus olhos tristes, quando fugi.
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